Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", foi preso na manhã deste sábado (18). Ele é apontado pela Polícia Federal como o terceiro suspeito por envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Jeferson se entregou na delegacia de Atalaia do Norte (AM), onde foi ouvido pelo delegado Alex Perez Timóteo.
O delegado afirmou que, segundo as investigações, Jeferson tem participação direta no caso, desde a emboscada até a ocultação dos corpos. "Conforme todas as provas, todos os depoimentos colhidos até o momento, ele estava na cena do crime e participou ativamente do duplo homicídio ocorrido", disse.
Além de Jeferson, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime nesta quarta (15) –, e Oseney da Costa de Oliveira também estão presos em Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de Manaus.
A Polícia Civil fez buscas para tentar prender o terceiro suspeito no sítio da mãe dele. Mas Jeferson não foi encontrado no local. Os policiais conversaram com a família para o orientarem a se entregar.
Por volta das 6h (horário de Atalaia do Norte), o suspeito foi até a delegacia e se entregou. Ele não estava acompanhado de advogado.
As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados e enterrados. Nesta sexta, a PF confirmou que os restos mortais encontrados são do jornalista inglês Dom Phillips. O resultado foi obtido a partir de análise da arcada dentária. A perícia precisa confirmar a identificação dos restos mortais do indigenista Bruno Araújo Pereira.
Neste sábado (18) continuam as buscas pela embarcação que transportava Bruno Pereira e Dom Phillips.
Na sexta-feira (17), as ações das forças de segurança encerraram no final da tarde. Equipes da Marinha e Defesa Civil de Atalaia do Norte, que dão apoio nas buscas, retornaram ao porto do município por volta das 15h45 (horário local).
A região onde as buscas se concentram foi apontada por Amarildo da Costa Oliveira. Ele também indicou à polícia o local onde a embarcação foi afundada e a área onde os corpos das vítimas foram ocultados.
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