Entenda como será a libertação
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, não pôde fornecer detalhes sobre quais reféns serão soltos, mas informou que muitas das pessoas do primeiro grupo devem seguir para o Egito.
Al-Ansari revelou ainda que os reféns das mesmas famílias serão libertados juntos no primeiro grupo.
Já do lado israelense, os prisioneiros sairão de duas prisões: Damon e Megiddo, ambas a sudeste de Haifa. Eles serão conduzidos para a prisão de Ofer, a sul de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, para verificações finais pela Cruz Vermelha.
A expectativa é que mulheres e adolescentes do sexo masculino de até 18 anos integrem o grupo.
O momento em que a libertação dos palestinos acontecerá ainda não está claro, mas uma autoridade israelense afirmou que os prisioneiros não serão libertados até que os reféns de Gaza estivessem de volta ao poder de Israel.
Na terça-feira (21), o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou que o primeiro passo após a libertação dos capturados será uma passagem segura da Faixa de Gaza para Israel, seguida de “atenção médica imediata”.
“Temos que assumir que muitos deles precisam de algum tipo de atenção médica e que estão detidos em condições abomináveis. Assim, será oferecida a oportunidade de obter essa atenção médica”, disse.
Alguns dos reféns, segundo sugeriu Kirby, podem precisar de auxílio médico de longo prazo.
Famílias pedem que todos sejam soltos
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que representa os familiares das pessoas detidas pelo Hamas, celebrou o acordo para libertar alguns dos capturados pelo Hamas, mas pediu que as autoridades continuem esforços para libertar aqueles que permanecem em cativeiro.
“Damos as boas-vindas a todos os reféns que voltam para casa, mas a nossa exigência permanece inalterada: a libertação imediata de todos os 236 reféns. Garantir a libertação segura de todos os reféns é uma prioridade nacional. Não haverá vitória até que todos os reféns voltem para casa”, destacou a organização em comunicado nesta quarta-feira (22).
O fórum também exigiu que os termos do acordo garantam a segurança e o bem-estar dos demais reféns, incluindo visitas da Cruz Vermelha.
“Pedimos aos líderes os maiores esforços para cumprirem ‘a sua carga moral’, com a vida das pessoas em jogo. Estamos gratos pelo apoio do presidente [dos EUA] Joe Biden a este acordo e pelo seu apelo inabalável à libertação de todos os reféns”, afirmou o comunicado.
O Hamas mantém 236 reféns na Faixa de Gaza, incluindo cidadãos estrangeiros de 26 países, de acordo com dados dos militares de Israel.
Trégua nos combates
A trégua nos combates entre Hamas e Israel teve início às 2h desta sexta-feira (24), no horário de Brasília (7h, no horário local), e deve durar quatro dias;
Segundo pontuou o governo israelense, um dia de cessar-fogo poderá ser adicionado a cada 10 reféns soltos.
Além disso, os Estados Unidos e o exército israelense suspenderão o uso de drones enquanto a trégua acontecer.
A trégua também permitirá a entrada de “um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária”, segundo comunicado.
O Egito anunciou na quinta-feira (23) que 130 mil litros de diesel e quatro caminhões de gás serão entregues diariamente a Gaza durante o período, assim como 200 caminhões com “ajuda”.
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