A Rússia anunciou nesta quarta-feira (18) a expulsão de 27 diplomatas espanhóis, 34 franceses e 24 italianos, em resposta a medidas similares adotadas pelos países europeus desde o início da guerra na Ucrânia.
Paris "condenou fortemente" a medida adota por Moscou, considerando que a decisão não se baseia em "nenhum fundamento legítimo".
Em abril, a França expulsou dezenas de agentes russos por suspeita de que seriam espiões. A decisão de ordenar a saída de representantes franceses seria uma resposta a isso.
O ministério das Relações Exteriores francês publicou um comunicado se posicionando: "O trabalho dos diplomatas e funcionários da nossa embaixada na Rússia está totalmente no âmbito da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e consulares". O texto destaca ainda que a decisão das autoridades russas "não se baseia em nenhum fundamento legítimo".
A Itália, por sua vez, descreveu a expulsão de seus funcionários como um "ato hostil", mas o chefe do governo italiano, Mario Draghi, ressaltou que "romper as relações diplomáticas" deve ser evitado.
"Os canais diplomáticos não devem ser rompidos, porque se conseguirmos a paz, conseguiremos através desses canais diplomáticos", disse Draghi durante uma entrevista coletiva em Roma.
A ofensiva russa na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, provocou uma onda de condenação internacional e uma enxurrada de sanções, acompanhadas pela expulsão de centenas de diplomatas russos pelos países ocidentais.
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