Das 62 cidades do Amazonas, agora 42 estão em situação de emergência por causa da cheia deste ano. O dado é do relatório da Defesa Civil Estadual divulgado nessa quinta-feira (2). Até o dia 20 de maio, 35 municípios estavam nessa situação.
No final do ano passado, o governador Wilson Lima chegou a dizer se o ritmo de subida dos rios continuasse acelerado, existia a possibilidade de que todos os municípios fossem afetados pela cheia de 2022. Se as estimativas do Estado se confirmarem meio milhão de pessoas serão afetadas.
Segundo o relatório da Defesa Civil, até agora, um total de 467.244 pessoas e 116.811 famílias são afetadas pela enchente. Manacapuru é, até o momento, a cidade que mais tem pessoas afetadas. De acordo com o relatório, são quase 39 mil pessoas.
Atualmente, os municípios incluídos na classificação de emergência são:
- Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Juruá, Carauari;
- Calha do Purus: Boca do Acre, Canutama;
- Calha do Madeira: Borba, Nova Olinda do Norte;
- Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, Santo Antônio do Içá, Amaturá, Tonantins;
- Calha do Médio Solimões: Japurá, Tefé, Uarini, Jutaí, Fonte Boa, Maraã;
- Calha do Baixo Solimões: Manacapuru, Careiro da Várzea, Caapiranga, Manaquiri, Anamã, Careiro Castanho, Iranduba.
Outros 17 municípios do Amazonas estão em situação de alerta. Nesse grupo estão a capital Manaus, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, entre outras cidades.
Cheia em Manaus
A cota máxima do Rio Negro em Manaus deve alcançar a 29,65 metros neste ano, segundo novo alerta de cheia divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), na terça-feira (31). A nova previsão é 15 centímetros menor que a última análise, divulgada pelo órgão em abril.
Embora o novo alerta seja de uma cota abaixo do esperado inicialmente, as águas do Rio Negro seguem avançando sobre ruas do Centro de Manaus, que já interditou duas vias e monitora uma terceira.
Nesta sexta-feira (3), a cota do Rio Negro está em 29,51 metros.
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